O ovo de
Colombo
Detalhes
Conta-se
que em uma ocasião, Cristóvão Colombo foi convidado para um banquete onde lhe
haviam designado, como é natural, um posto de honra.
Um dos
convidados era um cortesão que estava muito enciumado com o grande descobridor.
E quando teve a oportunidade dirigiu-se a ele e lhe perguntou de uma forma um
tanto impertinente:
Se você
não tivesse descoberto a América, por acaso não existem outros homens na
Espanha que poderiam fazê-lo?
Colombo
preferiu não responder diretamente àquele homem. Lhe propôs uma prova
antológica:
"Levantou-se,
pegou um ovo de galinha fresco e convidou a todos os presentes que tentassem
colocá-lo de forma que se mantivesse em pé sobre um dos seus extremos".
A
ocorrência teve bastante aceitação. Quase todos os presentes entraram logo
naquele jogo e tentaram um após o outro, uns com mais, outros com menos
convicção, ante o olhar atento dos demais. Mas passava o tempo e ninguém
conseguia descobrir a maneira de conseguir que aquele ovo danado mantivesse o
equilíbrio.
Finalmente
Colombo se pôs em pé, com ar solene, se aproximou, pegou o ovo e o bateu levemente
contra a superfície da mesa até que quebrou um pouco da casca de uma das pontas
e graças a este pequeno achatamento o ovo se manteve perfeitamente na posição
vertical.
Claro
que desta maneira qualquer um pode faze-lo! - objetou um pouco alterado, o cortesão.
Sim
qualquer um. Mas "qualquer um" ao que se lhe tivesse ocorrido
faze-lo. E acrescentou: - "Uma vez eu mostrei o caminho ao Novo
Mundo", "qualquer um" poderá segui-lo. Mas "alguém"
teve antes que ter a idéia. E "alguém" teve depois, que decidir-se a
colocá-la em prática.
Esta
velha e conhecida anedota tem ultrapassado os séculos e levado a formar a
expressão de "O Ovo de Colombo", para referir-se a soluções
aparentemente muito naturais, sim, mas ... "alguém teria que ter pensado
nelas, e alguém depois teve que decidir-se a faze-las".
Muitas
transformações importantes nas pessoas, nas empresas, nos clientes, no mundo do
pensamento, ou na sociedade em geral, tem sua origem em descobrimentos
naturais, simples, aos que "alguém" tem sabido tirar proveito. Alguém
que soube tirar partido do óbvio, a estas verdades, às que todos teremos
acesso.
E
lembrem, apenas PESSOAS como vocês e nós, podem fazer estas coisas simples,
naturais.
Gravura de 1752 ilustrando a situação no banquete.
O Ovo de Colombo é uma famosa metáfora proverbial do folclore italiano contada em toda a Espanha para referir-se a soluções muito difíceis de se chegar, mas que quando reveladas mostram-se, paradoxalmente, óbvias e simples.e o nome pelo qual ficou conhecido um dispositivo criado por Nikola Tesla que demonstrava os princípios do motor de indução e do campo magnético rotatório por colocar um ovo de cobre de pé.
História[editar | editar código-fonte]
Conta-se que Cristóvão Colombo, em um banquete comemorativo pela descoberta da América organizado pelo Cardeal Mendoza, foi perguntado se acreditava que outra pessoa seria capaz de fazer o mesmo, se ele não tivesse feito. Para explicar, Colombo desafiou os presentes a colocar um ovo de galinha fresco de pé sobre uma das suas extremidades. Quase todos que estavam presentes aceitaram o desafio, mas como ninguém conseguia descobrir, Colombo decidiu mostrar a solução: bateu o ovo contra a mesa de leve, quebrando um pouco a casca de uma das pontas, de forma que assim ele se achatasse e pudesse ficar de pé. O cortesão que havia lhe questionado exclamou que desta forma qualquer um poderia fazer, e Colombo responde que de fato qualquer um poderia, porém qualquer a que tenha lhe ocorrido de fazê-lo. Acrescenta que após ele ter mostrado o caminho para o Novo Mundo, qualquer um pode segui-lo, mas que antes foi necessário que alguém tivesse a ideia, e alguém depois precisou colocá-la em prática.
Convenhamos, entretanto, que apesar de sua simplicidade e facilidade, você não descobriu a solução, e que apenas eu é que removi a dificuldade. O mesmo ocorreu com a descoberta do Novo Mundo. Tudo que é natural parece fácil, após conhecido ou encontrado. A dificuldade está em ser o inventor, o primeiro a conhecer ou a demonstrar. |
— Tradução da resposta deCristóvão Colombona ocasião à afirmativa de que qualquer um poderia fazer o mesmo.21
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